Agenda Municipal / Teatro Jesus, o Filho

Sex 04 Nov
Programa Casa das Artes
Casa das Artes | Grande Auditório - 21h30
Entrada: 6 euros. Estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e Seniores (a partir de 65 anos): 3 euros | Classificação: M/16 | Duração: 80 min
Jesus, o Filho retrata o universo contemporâneo, imprevisível, de perdas sucessivas e (in)esperadas: a perda da juventude, dos sonhos, da família, da identidade, da coragem, da integridade, da liberdade, da vida. O espetáculo é um apokálypsis (revelação, em grego), um auto da fé, uma imolação, um cerimonial poético-perverso sobre a despedida, o fim do mundo e a busca de salvação. Jesus, a personagem central - que não é Jesus, mas que não deixa de ser um "messias" - fala connosco sem artifícios, delivrando a sua coragem e inteligência. É um homem comum que não se deixa influenciar, que não de discurso, nem de tom de voz. Que se mostra firme e resistente, implacável na sua crítica ao mundo. Que ganha uma dimensão mítica e heroica, política e humana, que o distingue de todos os demais. Um homem que vai morrer, mas que continua onde está. Sendo o que é. Humano. Um homem-guia que tem medo, como todos nós, mas que continua vivo, no meio do horror e da morte.
O espetáculo apresenta, como estrutura dramatúrgica/cénica, os passos da confissão e reconciliação: o exame de consciência, o arrependimento, a confissão e o cumprimento da penitência. O sacrifício íntimo de Jesus, o Filho, no espaço público da cena, é o ato de rebelião desesperado; o combate para recuperar a identidade perdida no massacre desleal da vida quotidiana. Mas. redentora, a confissão não perde nunca a faceta dura do interrogatório: a exposição, a humilhação e a violência. "Estou cansado, porque, a certa altura, a gente tem de estar cansada. De que estou cansado, não sei, de nada me serviria sabê-lo, pois o cansaço fica na mesma." (Fernando Pessoa em "A Mística do Instante" de J.T. Mendonça, 2015).
Ficha técnica e artística
Texto e Encenação: Elmano Sancho
Interpretação: Denys Bortnyi, Joana Bárcia e Vicente Wallenstein
Assistência de encenação: Paulo Lage
Cenografia: Samantha Silva
Figurinos: Ana Paula Rocha
Desenho de Luz: Pedro Nabais
Fotografia: Sofia Berberan
Coprodução: Loup Solitaire, Teatro da Trindade - Fundação INATEL, Casa das Artes de Famalicão, Teatro Municipal de Bragança
Parcerias: ACEGIS, AGUINENSO, APOIARTE/CASA DO ARTISTA, MOINHO DA JUVENTUDE
Projeto financiado pela Direção-Geral das Artes (apoio a projetos)
Casa das Artes | Grande Auditório - 21h30
Entrada: 6 euros. Estudantes, Cartão Quadrilátero Cultural e Seniores (a partir de 65 anos): 3 euros | Classificação: M/16 | Duração: 80 min
Jesus, o Filho retrata o universo contemporâneo, imprevisível, de perdas sucessivas e (in)esperadas: a perda da juventude, dos sonhos, da família, da identidade, da coragem, da integridade, da liberdade, da vida. O espetáculo é um apokálypsis (revelação, em grego), um auto da fé, uma imolação, um cerimonial poético-perverso sobre a despedida, o fim do mundo e a busca de salvação. Jesus, a personagem central - que não é Jesus, mas que não deixa de ser um "messias" - fala connosco sem artifícios, delivrando a sua coragem e inteligência. É um homem comum que não se deixa influenciar, que não de discurso, nem de tom de voz. Que se mostra firme e resistente, implacável na sua crítica ao mundo. Que ganha uma dimensão mítica e heroica, política e humana, que o distingue de todos os demais. Um homem que vai morrer, mas que continua onde está. Sendo o que é. Humano. Um homem-guia que tem medo, como todos nós, mas que continua vivo, no meio do horror e da morte.
O espetáculo apresenta, como estrutura dramatúrgica/cénica, os passos da confissão e reconciliação: o exame de consciência, o arrependimento, a confissão e o cumprimento da penitência. O sacrifício íntimo de Jesus, o Filho, no espaço público da cena, é o ato de rebelião desesperado; o combate para recuperar a identidade perdida no massacre desleal da vida quotidiana. Mas. redentora, a confissão não perde nunca a faceta dura do interrogatório: a exposição, a humilhação e a violência. "Estou cansado, porque, a certa altura, a gente tem de estar cansada. De que estou cansado, não sei, de nada me serviria sabê-lo, pois o cansaço fica na mesma." (Fernando Pessoa em "A Mística do Instante" de J.T. Mendonça, 2015).
Ficha técnica e artística
Texto e Encenação: Elmano Sancho
Interpretação: Denys Bortnyi, Joana Bárcia e Vicente Wallenstein
Assistência de encenação: Paulo Lage
Cenografia: Samantha Silva
Figurinos: Ana Paula Rocha
Desenho de Luz: Pedro Nabais
Fotografia: Sofia Berberan
Coprodução: Loup Solitaire, Teatro da Trindade - Fundação INATEL, Casa das Artes de Famalicão, Teatro Municipal de Bragança
Parcerias: ACEGIS, AGUINENSO, APOIARTE/CASA DO ARTISTA, MOINHO DA JUVENTUDE
Projeto financiado pela Direção-Geral das Artes (apoio a projetos)
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